Assistentes sociais são peças fundamentais no projeto do residencial das Mangabeiras
Em um trabalho que tem como foco proporcionar moradia digna a centenas de famílias que residiam na Ocupação das Mangabeiras, no bairro 17 de Março, a Prefeitura de Aracaju elaborou um projeto, captou recursos e irá construir um conjunto habitacional no local, com 1.102 casas. Para isso, em todas as etapas desse processo, os assistentes sociais da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju foram e têm sido peças fundamentais para a concretização da antiga demanda daquela comunidade.
Reconhecidos pela secretária municipal da Assistência Social, Simone Passos, como atores que respaldam toda a ação, os assistentes sociais têm atuado na área desde abril do ano passado, quando fizeram um levantamento das famílias da ocupação. A partir de então, todos os que ali residiam passaram a ser acompanhados pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do 17 de Março.
“Desde o início a gente vem conhecendo as famílias, conhecendo suas realidades, fazendo cruzamento de dados, para chegar aos beneficiários do projeto. Nós construímos mapas da área que nos mostram onde cada beneficiário está. O diagnóstico do território das Mangabeiras é bem completo. Agora, com muito sucesso, essas equipes também participaram da fase de realocação, conversando com as pessoas, que já estavam preparadas, e então fizemos o encaminhamento para o endereço indicado de cada um”, explica a secretária, ao destacar que as famílias foram realocadas para casas alugadas com recursos do auxílio moradia, custeado pelo Município.
Segundo Simone Passos, a partir do dia 15 de junho as equipes da pasta voltaram à comunidade, com cerca de 40 profissionais, entre assistentes sociais e psicólogos, para fazerem novo diagnóstico do território, identificar novas famílias que chegaram às vésperas do processo de realocação.
No dia 20 de julho, a Prefeitura iniciou a realocação de todas as famílias residentes nas Mangabeiras que haviam feito o cadastro no programa Pró-Moradia, passo fundamental para a construção do conjunto habitacional. Para esta etapa, quatro equipes de dez assistentes sociais foram disponibilizadas para o trabalho de campo, diretamente com as famílias, como detalha a coordenadora da Proteção Social Básica da Assistência Social, Carla Vanessa Dória.
“Nós participamos desde o processo de identificação de cadastro das famílias que estavam no local no ano passado e agora viemos fazer o trabalho de sensibilização das famílias para o processo da saída”, explica a coordenadora sobre a etapa de realocação. “Abordamos cada família, as que já estão com processo de auxílio moradia foram automaticamente se deslocando para suas residências, as que não, fazemos um trabalho de sensibilização para que elas retornem aos núcleos familiares, já que muitas delas vieram em um processo posterior ao cadastro, chegaram recentemente”, diz a coordenadora.
Assistindo a comunidade em todas as ocasiões, as equipes estiveram em campo solucionando também a situação das famílias que não participaram do Cadastro Único, no período em que foi realizado, por residirem há pouco tempo na ocupação. “Cada família foi abordada, nós ouvimos a situação de cada uma e todas elas foram encaminhadas. Antes, nós visitamos as famílias que estavam notificadas, através do Cadastro único, e identificamos que muitas delas residiam na casa de familiares mas que estavam na ocupação”, ressalta a coordenadora do Cadastro único da Assistência Social de Aracaju, Yolanda Oliveira, ao frisar que mesmo as famílias que não participaram do cadastro também tiveram apoio da Assistência.
O trabalho da Assistência Social tem sido fundamental para todo o processo que levará a comunidade das Mangabeiras a realização do sonho da casa própria. Em toda sua atuação, as equipes de assistentes sociais têm sido peça-chave na execução deste projeto. É o que reforça a diretora da Gestão Social da Habitação do município, Rosária Rabelo.
“É um trabalho fundamental para todo o planejamento e o êxito desta etapa final que está sendo realizada. A assistência fez a abordagem das famílias em todas as etapas do processo, desde o cadastro, até as famílias que entraram recentemente. A Assistência Social é a base para a construção do sonho dessas famílias”, conclui a diretora.
