Busca ativa identifica famílias da Maloca com direito à Tarifa Social
Famílias da comunidade Maloca, localizada no bairro Cirurgia, passaram a ter garantida a tarifa social, benefício ofertado pela Energisa a pessoas de baixa renda, indígenas e quilombolas. A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou um trabalho de busca ativa na região e, por meio da parceria com a concessionária de energia, cadastrou aqueles que têm direito.
Todo o processo ocorreu por intermédio do Cadastro Único, ferramenta nacional que serve como coletor de dados sobre famílias de baixa renda para inclusão em programas ou benefícios que estas tenham direito pelo seu perfil social.
Conforme relatou a coordenadora do Cadastro Único de Aracaju, Yolanda de Oliveira, a busca ativa ocorreu por parte do Cras Professor Gonçalo Rolemberg, unidade de referência na região onde está localizado o quilombo urbano Maloca.
“Como a comunidade fica distante do Cras, toda semana as equipes se deslocavam para a comunidade no intuito de levar os serviços ofertados pela unidade da Assistência Social. Assim, identificamos 46 famílias, sendo que 22 delas já estavam cadastradas no programa Tarifa Social, outras seis não possuíam cadastro e as demais não se encaixavam no perfil. Assim, já com a lista dos cadastrados, foi possível que a Energisa garantisse o benefício a essas famílias”, pontua Yolanda.
Para a ela, a garantia do benefício é uma forma de dignificar a realidade dessas pessoas.
“Sabemos que o gasto com a energia elétrica compromete muito da renda familiar, então, esse benefício vem a contribuir bastante para o orçamento dessas pessoas que, por sinal, já é baixo”, afirma a coordenadora.
De acordo com o coordenador de Eficiência Energética da Energisa, Pedro Martiniano, a garantir do benefício é uma questão de justiça social.
“Existe algumas especificidades para a garantia do benefício. No caso dos quilombolas, têm direito a 100% de desconto aquelas famílias que possuem renda per capita de até meio salário mínimo e consumo de energia de até 50 KWH por mês. Fomos procurados pela Prefeitura para ter mais informações sobre esse benefício e, em parceria, fizemos um trabalho na comunidade. Recebemos a lista e fizemos a atualização cadastral. Isso significa levar o benefício às pessoas que, de fato, têm direito a ele e, muitas vezes, até desconhecem que têm esse direito”, destaca Pedro.
Mais ações
Ainda segundo a coordenadora do Cadastro Único, o mesmo trabalho será realizado com as famílias que foram retiradas da comunidade das Mangabeiras. “Iniciamos o cadastro das famílias, que estão com auxílio moradia, porque agora elas terão que pagar energia. Estamos nos adiantando neste sentido. Primeiro, faremos o levantamento e, em seguida, enviaremos para a Energisa”, aponta.