Logística da Prefeitura garante dignidade aos moradores da Mangabeiras durante realocação

Na última segunda-feira (20), a Prefeitura de Aracaju iniciou a realocação das 838 famílias da ocupação Mangabeiras, localizada no bairro 17 de Março, para casas de aluguel, por meio do auxílio-moradia, garantido pela Secretaria Municipal da Assistência Social.

A ação, que deve ser finalizada até esta sexta-feira, dia 24, está dentro do cronograma do projeto residencial, idealizado pela Prefeitura de Aracaju e capitaneado pelo governo Federal, para construção de 1.102 habitações no novo complexo habitacional da cidade, batizado de ‘Irmã Dulce dos Pobres’, num investimento total de R$ 124,6 milhões.

Para o sucesso desse tipo de mobilização, a Prefeitura traçou um amplo planejamento estratégico e uma ação logística irretocável, para garantir conforto e segurança aos pais e mães de família que residiam na localidade.

Para isso, a administração municipal empregou na ação mais de 300 profissionais das secretarias da Assistência Social, da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), através da Guarda Municipal de Aracaju e Defesa Civil, e das empresas municipais de Obras e Urbanização (Emurb) e de Serviços Urbanos (Emsurb).

De acordo com a secretária da Assistência Social, Simone Passos, a logística é iniciada com a abordagem, de casa em casa. Depois é mantido um diálogo com as famílias, que já sabem e se prepararam para a realocação, tudo executado de forma pacífica. Aliás, todos os móveis são retirados com cuidado e conduzidos aos 15 caminhões disponibilizados pela Emurb para fazer a mudança. Já as famílias seguem para as novas casas, do auxílio-moradia, em carros menores, e de lá aguardam, com dignidade, a construção dos futuros lares, que deve ser finalizada em dois anos.

“A logística tem sido feita através de 300 profissionais da Prefeitura de Aracaju, de diversas secretarias, dando apoio nesse momento, trazendo segurança. A Emsurb e Emurb estão somadas na questão dos caminhões, das máquinas, dos homens que fazem a mudança, que fazem o carregamento desses materiais. Temos também a Guarda Municipal que dá um apoio muito importante nesse momento para a segurança dos profissionais que aqui estão, para a segurança das famílias que estão se deslocando. Nós colocamos duas ambulâncias, contratadas, à disposição, além de uma viatura do Corpo de Bombeiros”, destaca a gestora.

Simone reitera ainda que o principal objetivo da ação é o bem-estar das famílias. “Na verdade, o nosso foco maior é o cidadão que aqui está, que está saindo do seu território, que está indo para um lugar melhor. E a gente precisava dar um respaldo a essa mudança, prezando por segurança, qualidade e dignidade. A ação está sendo tranquila e respeitada pelos próprios moradores. Não tivemos transtornos”, garante a secretária.

O gestor da Defesa Social e da Cidadania, Luís Fernando Almeida, ressalta a importância da somação de esforços entre os órgãos. “A Secretaria da Defesa Social está atuando não somente com a Defesa Civil, que montou ponto aqui para dar um suporte no caso da derrubada de imóveis que apresente qualquer risco e ela possa orientar melhor as pessoas que estiverem executando esse trabalho, mas também no apoio à Guarda Municipal, que está presente com 150 homens e mulheres para garantir a segurança dessa população, pessoas de bem que irão receber melhorias fantásticas em suas vidas”.

O presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas, conta que está com duas equipes divididas, com 22 agentes coletores e de limpeza. “Existe uma empresa contratada que faz a demolição, o transporte das pessoas e a gente fica só para esse pente fino, isto é, fazer uma limpeza mais cuidadosa; observar se tem algum objeto ou pertence de algum morador”, diz.

Planejamento antigo
A realocação dessas famílias já havia sido planejada desde o ano passado, quando os profissionais da Secretaria da Assistência Social adentraram a ocupação das Mangabeiras para saber mais a realidade dos moradores. “De lá para cá, a gente vem conhecendo as famílias e suas realidades, fazendo cruzamento de dados para poder chegar aos beneficiários do projeto”, relembra Simone, ao frisar que, somente a Secretaria de Assistência Social deslocou dez equipes, totalizando 40 profissionais das áreas de Assistência Social, Psicologia e Educadores Sociais.

“Esses profissionais já têm em mãos a lista dos beneficiários, das pessoas que residem aqui. Construímos mapas da área que nos mostram onde cada beneficiado está. O diagnóstico do território é bem completo. Nós temos profissionais do Cras do 17 de Março, que é o Cras de referência dessa localidade. É uma somação de conhecimento de cada área que a Secretaria detém para fazer essa realocação com tranquilidade”, explica a secretária da Assistência Social.

Demolição
Após a retirada das famílias e dos móveis, entram em campo as equipes da Emurb para a demolição das casas. “O trabalho é baseado em toda a experiência que a Prefeitura tem tido ao longo do tempo. Quando se faz remoção do pessoal, é preciso garantir a retirada e também a demolição do imóvel construído para evitar que haja nova ocupação”, explica o presidente da empresa, Sérgio Ferrari, ao revelar que o projeto, que engloba a parte de terraplanagem, pavimentação, água, esgoto, energia e a construção de casas, será encaminhado para a Caixa Econômica Federal.

“Aliás, a Caixa já autorizou a obra da avenida que circunda as Mangabeiras. Tão logo a gente realoque as famílias, vamos iniciar as obras dessa avenida. Nesse período, vamos ficar atentos para evitar novas ocupações. A Emurb tem uma equipe de 14 pessoas para fazer a parte de demolição e 15 caminhões baú para fazer o transporte”, complementa.

Publicado em: 22/07/2020