Pela primeira vez, Prefeitura entrega aos moradores casa juntamente com escritura no Residencial Mangabeiras
Ao entregar as chaves das primeiras 704 casas do Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres, no bairro 17 de Março, o prefeito Edvaldo Nogueira também garantiu às famílias a escritura dos imóveis, documento que assegura aos moradores a posse da casa. O novo complexo habitacional é uma realização da Prefeitura de Aracaju, construído com recursos do programa Pró-Moradia, do Governo Federal, e contrapartida municipal, em um investimento superior a R$ 124 milhões. No total, 1.320 unidades habitacionais serão entregues, e na última semana, as primeiras 704 casas já começaram a ser repassadas para os seus novos proprietários.
O secretário da Infraestrutura de Aracaju e presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, relembra todo o trabalho de cerca de três anos que foi feito com essas famílias, que antes viviam em péssimas condições, até chegar ao dia em que receberam a nova casa com a escritura. “Estamos tendo a satisfação de entregar essas casas, abrangendo todas as famílias que viviam na ocupação. É um conjunto que contém as casas com tamanho e estrutura adequadas para as pessoas, uma praça com a estátua de Santa Dulce, e futuramente terá uma creche. E além disso, o que é muito importante, pela primeira vez aqui em Aracaju estamos entregando a casa juntamente com a escritura. Isso é um grande gesto de cidadania para as pessoas, tirando-as de uma situação precária, dando uma casa adequada, e a escritura, a posse daquilo que está recebendo”, afirmou.
Após anos de uma vida difícil no que antes era a ocupação das Mangabeiras, centenas de famílias agora têm um novo lar para chamar de seu, alimentando a esperança de um futuro melhor. Com a escritura das suas casas, os novos moradores têm, além da segurança de um lugar para viver, o reconhecimento de seus direitos como cidadãos. Uma das grandes felizardas foi Leiliane Vitória dos Santos, de 22 anos, que recebeu a casa exatamente no dia do seu aniversário. “Foi muito emocionante e gratificante receber minha casa, só tenho a agradecer a Deus e ao nosso prefeito Edvaldo, que é uma pessoa maravilhosa. Eu moro com meus dois filhos e, sinceramente, achei a casa muito melhor do que eu esperava. Não tem presente de aniversário melhor do que esse”, disse ela.
Um novo lar
A antiga vida dessas famílias era bastante caótica. Viviam em um lugar onde predominava a insegurança, muita lama, poeira, e condições precárias de sobrevivência. Luziane Stefani dos Santos, de 27 anos, que trabalha em um restaurante, comemora a mudança de vida, junto com o esposo e os três filhos. “Hoje eu só tenho a agradecer, porque só Deus sabe a dificuldade que a gente passou até chegar esse dia de hoje. Nós passamos por muitas dificuldades quando aqui era só barraco, a gente se arriscou bastante nesse lugar, com falta de segurança, com enchente, entre outras coisas. Pelo sofrimento que passei com os meus filhos, eu me considero uma guerreira. Gostei muito da nova casa, até chorei quando entrei”, declarou.
Sentimento semelhante teve a dona de casa Thalita Emilly Santos Rodrigues, de 24 anos, que chegou a passar quatro anos morando na ocupação. “Eu nem tenho como explicar o que estou sentindo hoje. Quando eu recebi a chave da casa, minhas mãos tremiam e eu chorei de tanta emoção e alegria. Tirando os meus filhos, essa foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Daqui para frente tudo vai mudar, nós vamos poder construir o quarto dos meninos e toda a casa do jeito que a gente quiser, porque antes, na casa de aluguel ou mesmo na favela, a gente não podia nada disso. O apartamento está a coisa mais linda”, disse.
A dona de casa Viviane dos Santos, de 46 anos, também compartilhou da mesma emoção. “Achei maravilhoso, agradeço primeiramente a Deus, e depois ao prefeito Edvaldo. Morei quatro anos na ocupação das Mangabeiras, e a gente vivia na lama. Quando era tempo de sol, havia muita poeira, e em tempo de chuva, alagava tudo. Muitas pessoas chegaram a perder tudo. Era até perigoso viver ali. E agora o nosso sentimento é só de gratidão”, disse ela, que mora com duas filhas e o esposo.
O pedreiro Pedro Manoel da Silva, de 56 anos, também estava bastante feliz com a nova conquista. “Depois de tanto sofrimento que a gente passou na invasão, hoje finalmente recebi minha chave e isso é uma grande vitória. O prefeito nos prometeu e nos deu, e hoje estou grato e feliz. Estou com minha casinha. Já vi por dentro e gostei bastante”, disse.