Prefeitura já regularizou aluguel social de 80% dos moradores das Mangabeiras

Em apenas quatro dias, 666 famílias, do total de 836 que residem na Ocupação da Mangabeiras, no bairro 17 de Março, assinaram os contratos de locações de imóveis temporários e os termos de adesão ao programa Pró-Moradia, a partir do qual a Prefeitura de Aracaju irá construir 1.102 habitações no local onde hoje existem apenas barracos improvisados.

Esta é a penúltima etapa do processo de retirada das famílias que moram nessa Ocupação. Esse trabalho está sendo coordenador pela Secretaria Municipal da Assistência Social, que está desenvolvendo o Plantão Social, uma ação para que os moradores da localidade assinem os contratos de aluguéis e dos termos de adesão ao programa do governo federal.
De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, a previsão é realizar os atendimentos até o dia 10 de julho, mas, devido ao trabalho das equipes, essa etapa do cronograma de execução do Plano Social de Realocação das Famílias Beneficiárias do Programa está sendo cumprida com celeridade.

“Desde o dia 30 de junho o Plantão Social vem sendo executado com rigor. A nossa meta diária era receber cerca de 150 famílias de cada área e já conseguimos atender quase o quantitativo total já nos primeiros dias de trabalho. Isso demonstra o compromisso e empenho da gestão municipal, principalmente dos trabalhadores da Assistência”, destaca Simone.

Nesta sexta-feira, 3, foi a vez de os moradores da área D irem até o Centro de Referência da Assistência Social Maria Diná, no mesmo bairro onde está localizada a ocupação, junto a seus locadores, fazer a assinatura dos documentos. Em continuidade ao Plantão Social, na próxima segunda e terça-feira, dias 6 e 7, será a vez dos residentes da área A. Os dias 8 e 9 foram destinados às resoluções das pendências e o dia 10 de julho para finalização de todo o processo.

Para a diretora da Gestão Social de Habitação e Cadastro Único, Rosária Rabelo, a agilidade demonstra responsabilidade, organização e planejamento. “Todo esse trabalho confirma o compromisso da atual gestão municipal com a população mais pobre da nossa cidade. Além da rapidez no trabalho, estamos prezando pela transparência com a comunidade que, representada por seus líderes, está presente durante todo o processo”, ressalta.

Moradora desde a instalação da ocupação, há seis anos, a dona de casa Carla Cristina Santos, 37, está feliz com sua nova moradia. “Só de saber que eu vou ganhar uma casa, estou me sentindo bem. É muito difícil viver lá [na ocupação], muita lama. É uma grande vitória para mim e meus filhos que morávamos em um barraco de palafita. Tudo vai passar, é um momento de muita felicidade”, contou.

Seu locador, o comerciante Abiran Machado, 40, assinou o contrato de aluguel na mesma ocasião. “Meu imóvel estava com placa de ‘aluga-se’ e ela entrou em contato comigo e dei essa oportunidade porque já conheço a família há muito tempo. Com o contrato, ficamos mais seguros em relação ao pagamento garantido pela Prefeitura. São pessoas que realmente precisam de uma moradia digna”, disse.

Kelly Glamour (nome social) reside no local há dois anos. De acordo com a cozinheira, a necessidade falou mais alto e por isso decidiu se instalar na ocupação. Para ela, o momento representa a garantia da dignidade. “Foram momentos muito difíceis. Mas, como costumo dizer, não tinha outra opção. Mas, graças a Deus, agora vamos sair daquele lugar. Sou grata e me sinto muito feliz”, disse emocionada.

Publicado em: 03/07/2020