Prefeitura realiza sorteio de casas no Residencial Mangabeiras para beneficiários recicladores
Nesta segunda-feira, 27, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, deu continuidade ao sorteio das unidades habitacionais do Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres para as 1.320 famílias beneficiárias. O público-alvo desta etapa foram os recicladores. Nos dias 28 e 29 de maio, o sorteio será voltado às famílias que estão no Auxílio Moradia há mais de 10 anos.
A partir do sorteio, as famílias têm acesso ao endereço da sua residência, como rua, lote, bloco e se a unidade é térrea ou superior, sendo esta uma etapa muito importante, onde a realização do sonho da casa própria se aproxima cada vez mais. Cada encontro conta com a participação dos moradores que correspondem ao grupo convocado, conforme regulamento, além das equipes da Diretoria de Gestão Social da Habitação, da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (EMURB) e apoio das equipes da Guarda Municipal de Aracaju (GMA).
Para garantir uma melhor acomodação das famílias que atuam com a reciclagem, foi montada uma logística para que todos fiquem em um único espaço.
“Separamos o pessoal que faz reciclagem com carroça ou bike, com animal ou não, para ser um dia específico, onde possamos entender um pouco mais do processo deles, juntos. Então, preferimos que eles ficassem alojados, a maioria no caso, em um único lote, que é para poder fazer uma melhor adaptação a todo Residencial. Eles ficaram em um bloco que era para dar uma melhor organização ao projeto, porque trabalhamos com crianças, idosos e PCDs, não queremos colocar os cavalos no meio de toda a população, justamente para evitar risco de saúde a essas pessoas. É o mesmo condomínio, é o mesmo residencial, não é afastado nem separado, é só um bloco específico, mas as unidades são padrões, elas seguem o mesmo ritmo, seguem o mesmo tipo de sorteio”, explica a técnica de referência responsável pelo Projeto de Trabalho Social (PTS) Mangabeiras, Geisa Lima.
Ana Carla Santos de Aquino trabalha com reciclagem há cerca de quatro anos. Mãe de cinco filhos, ela diz que antes não entendia o propósito do sofrimento em que vivia na ocupação. “Eu penso assim, quando eu partir daqui, meus filhos terão onde morar, não ficarão na casa de um e na casa de outro”, disse.
“Eu lutei, cheguei aqui, morei de aluguel, vivia dentro de uma maré, depois comprei uma carroça, um cavalo, fui viver de reciclagem, passei muitas coisas na Mangabeiras, era muito medo. Eu estou muito feliz e agradeço primeiramente a Deus e segundo ao prefeito. Muitas pessoas questionaram, porque a casa é ‘assim e assim’. Eu apenas botei meu joelho no chão e disse, ‘Senhor, seja feita a Tua vontade’. Se eu ganho a minha casa embaixo ou em cima, eu não troco, porque vai ser a vontade do Senhor”, conta, feliz.
O reciclador João Bosco Silva Santos destaca a alegria em estar próximo de realizar o sonho da casa própria. “A pessoa sair de um barraco para a casa, já é um sonho, estou realizado mesmo. Agradecer a todos vocês, a Edvaldo Nogueira, a todo mundo, que está fazendo isso por nós. É uma satisfação minha estar aqui hoje. Quando eu morava no barraco, foi sofrimento, sofrimento mesmo. Agora, hoje, eu estou no meu lar, né, na minha casa, e muito feliz mesmo. Acabou o sofrimento, o teto que a gente vai ter, a gente tem que agradecer muito a Deus e comemorar esse dia de hoje”, disse, emocionado.
A recicladora Josefa Lourenço da Silva trabalha com reciclagem há 21 anos. Ela diz que espera pela realização do sonho da casa própria há mais de 10 anos e hoje vê que a concretização está próxima de acontecer.
“Hoje quero agradecer primeiramente a Deus, estou me sentindo uma pessoa realizada, porque eu esperei por esse momento há vários anos. Estou muito feliz porque vou para minha casa nova, para ter um aconchego. Chegou a minha vitória, agradeço muito a Deus, ao gestor, o prefeito Edvaldo Nogueira, e estou muito feliz, estou sem palavras. Vou dar um conforto para minhas filhas, sair sem ter aquele medo, poder sair e deixar elas sabendo que estão seguras dentro de uma casa, linda, com toda a segurança, isso aí não tem preço, é gratificante”, pontua.